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Medos e incertezas deixam as crianças mais estressadas; saiba o que fazer para reduzir o impacto no

Foto do escritor: Baby GymBaby Gym

Dificuldade para dormir, diarreia ou prisão de ventre, dores de cabeça ou no peito, sensação de batimentos cardíacos acelerados. Estes são alguns dos sintomas do estresse nas crianças. O isolamento social necessário por causa da pandemia está sobrecarregando a saúde emocional não apenas dos adultos, mas também dos pequenos. A interrupção das aulas e as tentativas de retorno ainda incertas deixam os pequenos estressados, pois eles ficam sem saber quando voltarão a brincar com os coleguinhas que há tanto tempo não encontram.

— Vi muitas crianças sendo atendidas na emergência com síndrome do pânico, agitação e estresse em decorrência da quarentena. Fazemos todos os exames necessários, como eletrocardiograma, raio-X e exame de sangue, para descartar todas as causas clínicas. Conversando com as crianças, percebemos que elas estão com medo de voltar para a escola, de perder os pais, e com isso ficam estressadas — relata Jessica Pinha, pediatra especializada em neonatologia e oncohematologia.

A médica destaca ainda que os sinais de estresse na criança podem aparecer também como alergias e lesões na pele, coceiras, regressão de comportamentos — como voltar a fazer xixi na cama, por exemplo — agressividade com os pais e os irmãos, irritabilidade, choro fácil, falta de apetite ou compulsividade na alimentação, e até mesmo maior necessidade de atenção. Ambiente conturbado pode desencadear depressão O estresse contínuo causado pela reclusão da quarentena associado a preocupações e incerteza do futuro podem ser gatilhos para o desenvolvimento da depressão em crianças. — Sejam nos pequenos ou nos adultos, as causas dos transtornos psiquiátricos são biopsicossocial, que são os fatores biológicos e genéticos, a psique de cada um e o ambiente social em que a pessoa está.


Esse fator ambiental acaba sendo o deflagrador, na maioria das vezes, como esse momento de pandemia — explica a psiquiatra Mariana Nery. A especialista recomenda que os pais sempre estejam próximos aos filhos para perceberem as mudanças de comportamento que elas apresentam. Tristeza excessiva, falta de energia para fazer as atividades do dia a dia, irritabilidade, alterações de apetite e muita dificuldade de dormir são alguns dos sinais que podem indicar a depressão. — A criança normalmente não fala o que está sentindo e, dependendo da faixa etária, ela tenta “não dar trabalho” aos pais e esconde algumas coisas para não preocupá-los. Por isso, é importante ficar atento — diz a médica.

Pais que observem estas mudanças nos filhos devem procurar ajuda psicológica ou psiquiatra. A depressão tem tratamento, e o apoio da família é fundamental.





Fonte: Agência O Globo/Evelin Azevedo

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